Olá

Apresento-vos o "Jurassic" (aquário comunitário), com algumas dicas que podem ajudar iniciantes neste maravilhoso mundo da aquáriofilia
Os meus conselhos são baseados não em sabedoria, mas na minha experiência e em experiências que acompanho.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Espadas

 Espada macho. Recomendo apenas um macho num comunitário.






Espada Juvenil

Espada macho


Espada Juvenil
Espada Macho (junto a uma moly balão dalmata)

3 Espadas fêmeas e 1 macho

3 Espadas fêmeas
Cardume de 5 espadas (4 fêmeas e um macho)

Espada Juvenil

Espada Fêmea


O peixe Espada é muito conhecido por sua cauda longa e pontiaguda além da sua coloração vermelha. Quase todo mundo já viu ou criou uma deles. Em grego o nome Xiphophorus, significa portador de espadas. Porém, este nome não se deve, como muitos acreditam, à cauda do macho, que possui um prolongamento inferior com a forma de uma espada, mas sim, ao formato do gonopódio, seu órgão copulador, que é sustentado por uma dobra de pele em forma de bainha.
Esta espécie, a Xiphophorus Helleri, originária da América Central, tem comportamento pacífico, porém dependendo do seu habitat, os machos podem se tornar agressivos. Eles vivem em temperaturas em torno de 25º e nunca devem ser mantidos em temperaturas abaixo de 20º pois podem adoecer e se alimentar pouco. 
Para cada macho deve haver três fêmeas. Eles adoram correr atrás delas e " dar uma namoradinha " e com isso as fêmeas acabam se stressando. O macho difere da fêmea por ter um raio inferior na cauda, que lembra a lâmina de uma espada, já a fêmea de coloração menos intensa tem a cauda em forma de leque e é maior do que o macho. No cativeiro o macho pode atingir 8 cm e a fêmea 10 cm.
A alimentação do peixe espada não é muito exigente. Basta uma boa ração. Pode viver de 2 a 3 anos. É bom que se mantenha o aquário tapado, pois o Espada é um excelente saltador. 
REPRODUÇÃO
O Espada é vivíparo, ou seja, reproduz-se através de fecundação interna (cópula). Os alevinos (filhotes) já nascem com a forma adulta, só que menores. A reprodução em aquários, permitiu obter uma variedade bastante diversificada tais como: Espada Negro, o vermelho sangue, o Albino, o Wagtail (de nadadeiras pretas), o Tuxedo (com manchas negras por todo o corpo) e vários outros tipos, que além da diversificação da cor, possuem a cauda em forma de lira ou véu.
É fácil saber quando a fêmea engravidou, pois quando isto ocorre, ela apresenta uma grande mancha negra na base do oviduto. Também um pouco antes de nascerem pode-se ver os olhos dos alevinos através da fina parede abdominal. A fêmea depois de grávida, dará cria em 40 dias, em torno de 50 a 100 alevinos. Apos o parto, os filhotes irão se refugiar para escaparem de serem devorados pelos pais.  
CURIOSIDADES
Alguns aquaristas e cientistas, já observaram o fenómeno da mudança de sexo na fêmea do Espada. Certas fêmeas, depois de algum tempo de vida, quando os ovários param de funcionar, têm a nadadeira anal transformada em gonopódio, ou seja, a cauda começa a se desenvolver na famosa espada masculina. No entanto esta teoria é rejeitada por alguns estudiosos, visto que o macho leva muito tempo para atingir a maturidade e desenvolver as características sexuais secundárias. Neste período antes do desenvolvimento o macho tem o corpo roliço como as fêmeas adultas, resultando para este grupo de estudiosos essa teoria enganosa de "mudança de sexo".

Tetra Limão

Peixe de cardume. Lindos e resistentes. Recomendo.
















origem:Brasil (Rio Tapajós)
esperança de vida:5 anos
nome científico:Hyphessobrycon pulchripinnis
família:Characidae (Caracídeos)
tamanho:4 para 5 cm
temperatura:26 para 28 °C
Tetra Limão
Hyphessobrycon pulchripinnis
-
Characidae
Brasil - Rio Tapajós
Este pacífico Tetra é um dos mais recomendados
 peixes para aquários comunitários. Se criados em aquários em grupos com mais de 10
 indivíduos da mesma espécie, formam belíssimos cardumes e, quando estão
 alimentados e alegres, fazem grandes coreografias por todo aquário.
Todo o Aquário
a
-
-
a ºC
cm
Onívoros. Aceitam rações de todos os tipos. Incluir alimentos vivos
 a sua dieta é garantia de ter sempre peixes saudáveis e com belas cores.
A reprodução em cativeiro pode ser conseguida com certa
facilidade. Coloque alguns exemplares num aquário de aproximadamente 40 litros
com densa vegetação em metade de sua área e aguarde a formação dos casais, os
machos logo devem escolher as fêmeas e começar a cortejá-las, o que será
semelhante a uma disputa, então ele a conduzirá para o meio da vegetação e lá
ela depositará os ovos que serão imediatamente fertilizados por ele. Após a
desova, os adultos devem ser retirados pois, caso contrário, comerão os filhotes.
A eclosão ocorrerá em 48 horas e os filhotes consumirão o saco vitelino por,
aproximadamente, três dias quando então devem ser introduzidos micro-vermes,
infusórios e náuplios de artêmia em sua dieta. Os ovos e alevinos são sensíveis à luz
nos primeiros estágios da vida e o tanque deve ser mantido no escuro, se possível.
As fêmeas têm um contorno mais profundo do corpo e a
borda preta na nadadeira anal dos machos é mais sobressalente.
Sempre devem ser mantidos em grupos de 6 ou mais, sendo
o ideal mais que 10. Companheiros ideais são outros peixes pacíficos como Rasboras,
Tetras, Corydoras, etc.. Obviamente que não é seguro com espécies maiores, que
podem vê-lo como alimento.

Botia Lohachata

Também muito conhecido por Yoyo. Dos meus preferidos.

Anima muito positivamente um aquário.

Grande ajuda na limpeza do fundo e plantas.













 Em brincadeiras com o Bótia Palhaço

Bótia Yoyo
Botia almorhae
Yo-yo Loach, Bótia Paquistanesa, Botia grandis*, Botia lohachata**
Cobitidae
Paquistão e Índia
Gregário, criam complexas estruturas hierárquicas. Por isso, recomenda-se criar grupos com, no mínimo, cinco ou seis indivíduos, mas o ideal seria o estabelecimento de grupos com mais de 10 exemplares.
São peixes pacíficos e robustos, que podem incomodar peixes menores ou mais sensíveis à agitação. Costumam realizar disputas para definir a posição hierárquica do indivíduo no grupo. Nesses momentos, ocorrem perseguições e os exemplares apresentam uma mudança da coloração, que se torna quase cinza. Como todas as bótias, possui ferrões retráteis, abaixo dos olhos, que podem causar ferimentos em quem as manusear de forma inadequada.
Todo o Aquário
6.5 a 7.5
2 a 12
-
22 a 28 ºC
14 cm
Primordialmente carnívoro micro predador (vermes, larvas de inseto, pequenos crustáceos e caramujos). Aceita ração do tipo pastilhas para peixes de fundo e, eventualmente, vegetais (ervilha, cenoura, abobrinha cozidas e descascadas).
Até onde sabemos não há registro de criação em aquários particulares. As fêmeas desovam frequentemente, mas os machos não chegam a fertilizá-los. 
As fêmeas maduras apresentam o corpo roliço e com o ventre gordo. O macho, além de um corpo mais esguio, apresenta uma coloração avermelhada nas barbelas.
Nada por todo aquário, mas gosta de se esconder em troncos, covas e na vegetação. Como é um peixe que apresenta barbelas, recomenda-se o uso de areia como substrato. Convive muito bem com Lábeo Frenatus, tolerando inclusive dividir tocas com ele.
São peixes muito curiosos e, por isso, deve-se evitar "armadilhas" como enfeites com bordas cortantes, espaços apertados e rotas de fuga (aquários destapados e tubulação sem proteção).
Possuem um comportamento muito interessante chamado "ghosting", onde costumam "seguir" peixes de outras espécies, imitando seus movimentos e depois fazendo círculos em torno do seu alvo.
Algumas fontes tratam as "variedades" almorhae e lohachata como sinônimos, mas pode haver uma distinção maior, talvez até sendo espécies distintas.
Por possuírem escamas muito pequenas, são sensíveis aos tratamentos à base de cobre e ao sal de cozinha. Qualquer tratamento com cobre deve ser bem estudado e com sal evitado.

 Observações
:*Botia grandis é um sinônimo para o nome da espécie porém não é considerado válido pelo FishBase.**Botia lohachata é um sinônimo erroneamente utilizado para indicar a espécie e não é considerado válido pelo FishBase.

Tamanho mínimo do aquário:
 base de 100x40cm seria o mínimo recomendável para um grupo mínimo de cinco ou seis exemplares.

Ramirezi


 Ramirezi (Já partiu, mais abaixo fotos do motivo...)

Dos peixes mais belos, mas também mais frágeis.

Devemos ter algum cuidado, pois devido à sua beleza, entra muito em conflito com outros do género.

 Aqui junto a um espada macho








Aqui junto a uma Cori Panda



Fotos do motivo da sua partida (morreu em dois dias)










(parece que esta doença é relativamente comum nestes peixes...)

Ramirezi Balão (aquele que possuo agora)



Ramirezi
Mikrogeophagus ramirezi
-
Cichlidae
Venezuela e Colômbia: Bacia do rio orinoco
-
Pacifico. Pode atacar e importunar pequenos camarões. Não é recomendado mantê-lo junto com outros ciclideos anões.
Todo o Aquário
5.0 a 6.5
-
-
25 a 30 ºC
5 cm
Ração em flocos e granulos. É necessário fornecer alimentos vivos regularmente.
A fêmea escolhe alguma superfície e deposita os ovos(normalmente entre 80 e 100). O macho os fecunda. Após 3 dias deve-se iniciar a alimentação com infusórios. Após o sétimo dia deve se iniciar a alimentação com micro-vermes e naupilos de artêmia. E depois é só administrar alimento conforme o tamanho dos filhotes. Como todo o cilideo, há controle parental.
O macho tem os 3 primeiros raios da nanadeira dorsal grandes. Também apresenta cauda um pouco mais pontiaguda. A fêmea é menor e apresenta um leve tom rosado na barriga e apresenta cauda mais arredondada.
O ramirezi pode comer caramujos (physas, planobis e melanoides). Se tem caramujos no aquário é melhor não o colocar lá.